Quinta-feira, 31 de Outubro de 2024
O ator Marcelo Ricco acaba de estrear o espetáculo “Por acaso, não caso – uma
comédia sem cerimônia”, um monólogo com texto de Wesley Marchiori e direção de Mauricio Canguçu. A peça encerra a temporada de estreia neste final de semana,
sextas (2/05) e sábados (3/5), às 20h30 e domingo (4/05), às 19h, no Teatro da Cidade. Na montagem, o personagem Marcos que ganha a vida realizando casamentos,
contraditoriamente, tem verdadeira aversão a compromissos matrimoniais.
Depois do sucesso de “Os homens querem casar e as mulheres querem sexo”, visto por mais de 80 mil pessoas, Marcelo Ricco volta a investir em um monólogo cômico,
gênero que não pretende abandonar tão cedo, mesmo ressaltando o peso da responsabilidade de estar sozinho em cena. “A parte mais difícil de um monólogo é que o
ator não tem o contraponto de outro colega no palco, não tem ninguém pra compensar sua falta. Proporcionalmente aos aplausos, a responsabilidade é de um só. Ao
menos, por enquanto, quero continuar neste gênero. Acredito ter encontrado uma grande identidade”, revela.
Em “Por acaso, não caso – Uma comédia sem cerimônia”, o protagonista é Marcos, um cerimonialista de casamentos que foge de compromissos amorosos até encontrar a
sua alma gêmea: Iolanda. Essa mulher independente e desapegada o faz contradizer suas próprias opiniões e leva o personagem a um final surpreendente.
Apesar dos personagens lidarem com o universo de casamentos, o ator revela que Marcos, de “Por acaso não caso”, é bem diferente de Jonas, de “Os homens querem
casar e as mulheres querem sexo”. “Digamos que a nova peça é uma antítese da anterior. Até o final do espetáculo temos em cena um cerimonialista de casamentos
muito relutante quando se trata de seus próprios relacionamentos. Mais uma vez, temos aventuras e desventuras amorosas que irão divertir e surpreender o público”,
afirma Ricco.
O padre também nunca casou...
No texto, Marcos é avesso a casamentos, apesar de lidar diariamente com o assunto no trabalho. No palco, o público vai se divertir com as justificativas do
cerimonialista para a sua repulsa por casamentos, como neste comentário: “Todos os meus irmãos são casados. Eu pago o plano de saúde da mamãe e eles, os pecados da
família. Todos os meus amigos da minha idade são casados. Amizade não se ganha, se conquista e o masoquismo, pelo visto, também. Todos os meus vizinhos são
casados. Dividimos o mesmo CEP, não a mesma cruz. Todos os meus clientes querem casar, eu trabalho como organizador de eventos matrimoniais. Contradição? Não! Pra
quem me julga eu digo, o padre também nunca casou...”.
Com casos engraçados de ex-namoradas ávidas por um matrimônio e de clientes que procuram seus serviços, o cerimonialista desenvolve o enredo da peça trazendo
situações conjugais que julga serem comuns na vida de casais. “Ela acha que vai deixar de ganhar presente no dia 12 para ganhar o ano inteiro. Você tá namorando e
quando chega o dia da indireta ou direta, pronto, acaba ali toda a diversão, o prazer e o romantismo”, diz Marcos. E completa, “a única mulher que balança a gente
para algo bom nesta vida, chama-se mãe, e ela só faz isto quando a gente é bebê e para nos acalmar. Eu já sou bem grandinho e a única coisa que me deixa calmo é a
certeza que eu não tive, não tenho e nunca terei uma esposa para me tirar do sério. Se casamento fosse bom, não seria celebrado por uma pessoa que nunca vai passar
por isto”.
Time de primeira
Marcelo Ricco
Estreou no teatro aos 25 anos, no curso livre de teatro do Centro Cultural Mauricio Murguel e desde então nunca mais parou. Com “Os homens querem casar e as
mulheres querem sexo” recebeu o 8º Prêmio USIMINAS/SINPARC, Prêmio de Maior Público do Teatro Adulto 2010/2011. Atuou em “As Monas Lisas” de 2007 à 2010, de Wilson
Coca, com direção de Fernando Veríssimo. Espetáculo que lhe rendeu o Prêmio de Melhor Ator Comediante / Humorista (Sesc/Sated – 2007), com o personagem Harold.
Outros trabalhos: “Nas Ondas do Rádio” (musical - 2002), texto e direção de Pádua Teixeira. Ator em “João e Maria” e “Bela Adormecida” (2003), adaptação de Kênia
Oliveira, direção de Pádua Teixeira. “Os Sete Gatinhos” (2005), de Nelson Rodrigues, direção de Pádua Teixeira, como Ator e Cenotécnico. “Ah, sempre te vi, mas
nunca te amei” (2009), de Marcelo Caridade, direção de Helder Henrique, como Cenotécnico. “Querido vou posar nua” (2009), de Bruno Mota e Daniel Alves, direção de
Cláudia Bento, como Assistente de Direção. Ator em “Uma aventura saborosa” (2009) texto e direção de Wesley Marchiori.
Maurício Canguçu
Premiado ator e diretor já atuou em 17 peças de teatro, dentre elas “Acredite, um espírito baixou em mim”, que lhe rendeu o prêmio Sesc/Sated de Melhor Espetáculo
e o prêmio Bonsucesso/Sinparc de Maior Público; “A idade da ameixa”, com o qual foi premiado como Melhor Ator no prêmio Sesc/Sated e Melhor Espetáculo pelo prêmio
Usiminas/Sinparc; também recebeu o prêmio Sesc de Melhor Ator pelas atuações em “Vereda da salvação” e “Tudo azul no hemisfério sul”, e Melhor Ator Coadjuvante
pelo prêmio Usiminas/Sinparc por “A saga da senhora café”. Além disso, já dirigiu cinco espetáculos, atuou em várias produções cinematográficas e realizou
trabalhos nas emissoras SBT, Alterosa e extinta TV Manchete.
Wesley Marchiori
Responsável pela dramaturgia de 18 espetáculos, roteirista de outros quatro, diretor de oito peças e com atuação em três, o versátil Wesley Marchiori assina o
texto de “Por acaso, não caso”. Seus textos já lhe renderam menções honrosas do Grande Prêmio Minas de Dramaturgia, por “2 de novembro” e “Se os homens são todos
iguais, por que as mulheres escolhem tanto?”. Com “2 de novembro” ele também recebeu o prêmio Usiminas Sinparc como Melhor Texto Inédito e, também, foi finalista
do Concurso Literário João de Barro, com o texto “Casa pequena”.
Ficha técnica
Produção: Sala 7 Produções | Texto: Wesley Marchiori |Direção: Mauricio Canguçu | Assistente de Direção: Flávia Fernandes | Elenco: Marcelo Ricco | Cenário:
Marcelo Ricco | Iluminação: Luiz Henrique Moura | Figurino: Cynthia Paulino | Execução de Figurino: Márcia Corrêa | Locução: Ilvio Amaral | Animações: Piá
Produções (Cataguases/MG) | Imagens: Personnalité Produções | Gravação, mixagem e masterização: Stúdio HP | Assessoria de Imprensa: Luz Comunicação (Jozane
Faleiro) | Produção Executiva: Carol Fonseca | Programação Visual: Insight Comunicação e Cultura (Marcio Miranda e Samuel Araújo) | Fotografia: Grafê Ateliê da
Imagem (Alyson Jardim).
Serviço:
Por acaso, não caso – Uma comédia sem cerimônia.
Classificação: 14 anos
Duração: 60 minutos
Ingressos: R$ R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia-entrada) na bilheteria do teatro
R$ 15,00 Nos postos SINPARC (Avenida Afonso Pena, 1055 - Mercado das Flores e FNAC – BH Shopping)
Sexta e sábado (2 e 3/05), às 20h30 e domingo (4/05), às 19h
Local: Teatro da Cidade – Rua da Bahia, 1341, Centro
Informações: 31.3273.1050 e 31.3588.4494